Pensado para reunir pesquisadores, notícias e uma rede de associações voltados para a indústria 4.0, o Observatório da Indústria 4.0 da América Latina foi lançado na última segunda-feira (2), no auditório azul da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face) da UnB.
O portal apresenta documentos oficiais de governos, trabalhos apresentados sobre o tema e relatórios específicos que podem ser acessados de acordo com o país da América Latina sobre o qual se deseja informação. Além disso, o site proporciona uma rede de encontro para agência de governos, associações industriais e pesquisadores, com endereços de e-mail de cada pesquisador que trabalha o assunto da indústria 4.0, facilitando o contato com empresas e associações. Este é o primeiro observatório regional lançado no mundo. Existem observatórios em países europeus, mas são apenas nacionais, como o espanhol.
“A Indústria 4.0 tem se tornado conhecida como a Quarta Revolução Industrial. Ela vai mudar a forma de produzir produtos, mas também a forma como nós somos. Estamos falando de sistemas biônicos e novas formas de mobilidade que mudarão muito a relação entre consumidores e indústria. A América Latina não pode ficar muito atrás da Europa ou da Ásia nesse quesito”, explica Sérgio Knorr, doutorando e membro do Grupo de Pesquisa em Inovação, Projetos e Processos (GPIPP) da UnB, que desenvolveu o Observatório.

O lançamento contou com a participação da reitora Márcia Abrahão e de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Embaixada do Peru. Pesquisadores da Colômbia participaram por videoconferência. “Uma universidade protagonista como a UnB tem que estar à frente do que a sociedade ainda nem pensou que pode acontecer. Nós temos que pensar no que vai existir e temos que ser os proponentes”, ressaltou a reitora.
Para o professor Sanderson Barbalho, coordenador do GPIPP, estar em Brasília garante posicionamento estratégico para o desenvolvimento deste observatório. “Estamos na capital do país. Por meio da Confederação Nacional da Indústria, muitas empresas estão aqui ou têm escritórios na cidade. Além disso, nossa boa relação com o governo federal faz com que possamos desenvolver ações estratégicas no nível governamental, empresarial e acadêmico”, frisou.