
A administração da Universidade de Brasília recebeu, na manhã desta quinta-feira (27), um grupo de técnicos e funcionários terceirizados da instituição. Eles realizaram assembleia no prédio da Reitoria, para discutir a atual situação orçamentária das instituições federais de ensino superior, e subiram a rampa para entregar um documento à gestão.
O ofício, assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), informa sobre a paralisação que deve ocorrer na próxima quarta-feira, 2 de agosto, em âmbito nacional.
“A paralisação é contra as demissões de trabalhadores terceirizados nesta Universidade, devido a cortes no orçamento determinados pelo governo federal, que trarão desemprego, bem como grave prejuízo à instituição”, diz o documento.

O coordenador do Sintfub, Mauro Mendes, reclamou da decisão unilateral de algumas empresas de cortar postos de trabalho. “Sem o trabalho do motorista, do funcionário da limpeza, o professor não tem condições de dar aula. Somos todos trabalhadores em educação”, defendeu. Além do Sintfub, participaram do ato representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do sindicato dos trabalhadores em empresas terceirizadas (SindiServiços).
O grupo foi recebido pelo chefe de Gabinete, Paulo César Marques, e pelo assessor especial Luiz Antônio Pasquetti. “Todos os trabalhadores são essenciais”, disse o professor Paulo César, ressaltando que a situação enfrentada pela UnB está inserida no contexto nacional. “Todo movimento passa por atos como esse, e isso não é uma disputa entre nós. Exercemos papéis diferentes, mas estamos todos com o mesmo objetivo de defender a UnB”, frisou.
Desde fevereiro, a administração tem passado um pente fino em todos os contratos da Universidade, em decorrência do corte orçamentário de 45% para este ano. Atualmente, os decanatos de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) e de Administração (DAF) estão em negociação com as empresas para redução do valor dos contratos, de forma a garantir o funcionamento pleno da instituição até dezembro. A administração fez um apelo às empresas para que os empregos fossem preservados o máximo possível.