Painel:

POLÍTICA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA COM A SOCIEDADE: PORQUE PRECISAMOS DA ABORDAGEM CTS (ciência, tecnologia, sociedade)

Nos últimos 12 anos (2004-2016) a política de ciência e tecnologia no Brasil diversificou-se o suficiente para incluir desde a consolidação do Programa Nacional de Incubadoras Populares (Proninc), a Secretaria Nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, até importantes articulações com políticas setoriais de saúde coletiva e medicina social, desenvolvimento agrário e da reforma agrária, desenvolvimento regional e territorial, habitação popular e saneamento ambiental. A este quadro se somaram pessoal qualificado e inovações institucionais para ir além do combate à miséria, mediante programas de gestão continuada dos grupos familiares e juventudes, por meio da ampliação do Bolsa Família e Programa Nacional de Catadores, entre outros. Estas políticas redistributivas (transferências de renda) e distributivas (geração de oportunidades de emprego, ocupação e trabalho qualificado) fizeram parte da Política de Educação, Ciência e Tecnologia com a ampliação da rede federal de ensino tecnológico e profissional. Junto com as novas universidade regionais estas políticas de ciência, tecnologia com a sociedade, assumiram como fundamento o reconhecimento de direitos sociais e humanos das mulheres, crianças e adolescentes, indígenas entre diversos povos ancestrais, e afrodescendentes. Inúmeros programas apoiaram programas, projetos e pesquisa para desenvolvimento de inovações institucionais relevantes também no campo das redes de economia solidária que abrangem cerca de 40% das formas econômicas no Brasil uma vez que o mercado formal (empresas com fins lucrativos) não oferece trabalho e renda para a maioria da nossa PEA (população economicamente ativa) de 160 milhões de homens e mulheres. Nessa perspectiva são valiosas as contribuições das áreas de Exatas, Ciências Naturais, Tecnológicas em parceria com Sociais e Humanas para ampliar projetos de pesquisa e ação de residência e extensão que incorporem soluções tecnocientíficas inspirados para juntar formação técnica com a ecologia de saberes. Este é o tema da 4ª Jornada UnB de Inovação.

 

Programação

1ª hora - Mesa-redonda

Prof. Dr. Ricardo T. Neder - Coordenador na UnB da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (rede ITCP Universitárias brasileiras) e Grupo de Pesquisa Cnpq/UnB Observatorio Movimento pela Tecnologia Social na América Latina e Caribe OBMTS (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelh). CEAM + FUP

Profa. Dra. Liza Andrade - Coordenadora do CASAS - Centro de Ação Social em Arquitetura Sustentável e Grupo de pesquisa PERIFÉRICO - Trabalhos emergentes (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU – UnB

Prof. Dr. Rogério Ferreira – Decano do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências do Campus de Porto Seguro da nova Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) cujo PDI implantou Bacharelatos interdisciplinares como parte de um grande ciclo básico, e aprofundou as vinculações com a esfera pre-universitária por meio de colégios universitários. Especialista em Etnomatemática e Ecologia de Saberes.

2ª hora - DEPOIMENTOS (em vídeo notas)

1. Aspectos político-cognitivos na Política de Ciência, Tecnologia & Sociedade - Renato Dagnino - Prof. Titular de Política Científica e Tecnológica – UNICAMP formulador de um conjunto de pesquisas e programas de ensino e extensão que deram origem à teoria da adequação sociotécnica mais conhecida como TS - tecnologia social - no Brasil e América Latina.

2. Por que decidimos criar uma incubadora de Cooperativas de Economia Solidária como Programa Oficial da Universidade Fed. Sta. Maria (RS) - Profa. Dra. Terezinha Weiller - Pro-Reitora de Extensão da Universidade Federal de Santa Maria, sob cuja gestão foi criada a Incubadora Social da Universidade, com atividade prioritária de ciência e tecnologia para grupos de economia solidária.

3. Desdobramento de uma década do SOLTEC – Núcleo de Solidariedade Técnica da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro para Extensão Tecnológica junto a Cooperativas e Associações – a criação do NIDES e do Programa de Pós Tecnologia & Sociedade. Profs. Drs. Flavio Chedid (Coord. SOLTEC), Felipe Addor (Coordenador da 3ª Avaliação Nacional do PRONINC - Programa Nacional de Incubadoras Populares), e Celso Alexandre Souza de Alvear (Coordenador de Extensão do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social – NIDES/UFRJ).

4. Urbanismo comunitário: Um caso de amor, ciência e tecnologia mediante experiência sociotécnica num assentamento da reforma agrária na região norte de Brasília- Arquiteta e urbanista Camila Maia (FAU/UNB).